A votação da Interrupção Voluntária da Gravidez por decisão da mulher já foi há algum tempo, e continuo sem ter uma ideia completamente moldada e estanque sobre o assunto. Embora muito boa gente tenha muito a criticar sobre os argumentos utilizados por qualquer uma das partes, como, que as mulheres estão contra elas próprias ao dizerem que não, e que as pessoas são cínicas que já fizeram e dizem que não, que o aborto é igual a terrorismo and soon and soon.
Aproveito, no entanto, para dividir o seguinte pensamento:
Para as pessoas mais distraídas, ficam a saber que por apenas 100€ (que por acaso não sei se são comparticipados) podem saber às 8 semanas de gravidez se é menino ou menina. Como o aborto é até às 10 semanas... isso quer dizer que depois de saber que é uma menina posso dirigir-me a uma Clínica/Hospital pedir para fazer um aborto porque eu queria um menino?
quinta-feira, março 01, 2007
segunda-feira, janeiro 22, 2007
O Tempo Urge
Hoje, não há sorrisos para distribuir,
Hoje não há paixão que possa vencer,
Hoje não há perdão para merecer.
Hoje apenas há angustia, tristeza e melancolia,
Hoje apenas há o desejo que passe depressa o dia.
Há a esperança que seja tudo um erro,
Talvez quem sabe, uma cobardia.
Mas, que se aperceba, que avança,
Que tire o engano, que desfaça o erro,
Que me dê um pouco mais de esperança.
E este dia, seja uma breve memória, desvanecida,
Uma ameaça de morte, já desaparecida.
Hoje não há paixão que possa vencer,
Hoje não há perdão para merecer.
Hoje apenas há angustia, tristeza e melancolia,
Hoje apenas há o desejo que passe depressa o dia.
Há a esperança que seja tudo um erro,
Talvez quem sabe, uma cobardia.
Mas, que se aperceba, que avança,
Que tire o engano, que desfaça o erro,
Que me dê um pouco mais de esperança.
E este dia, seja uma breve memória, desvanecida,
Uma ameaça de morte, já desaparecida.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Olham-se
Eles olham-se.
Num olhar penetrante, um olhar intenso, daqueles olhares que outrora não lhe sabiam falar. Eles sorriem sem nunca despregarem os olhos cintilantes um do outro. Existe um cheiro a doces, a gomas de criança e a rebuçados. Olham-se. Com a intensidade de quem trespassa e lê o pensamento mais secreto. Eles tocam-se. E as mãos entrelaçam-se. O coração bate aceleradamente. Olham-se. Sem medo. Com um brilho que é de lágrima que escorre pela face. Finalmente, dão o abraço que sentiram como seria no olhar. Olharam-se e sorriem. Um sorriso de criança inocente que não tem nada a esconder.
Os outros olham-nos porque outrora já foram crianças também.
Num olhar penetrante, um olhar intenso, daqueles olhares que outrora não lhe sabiam falar. Eles sorriem sem nunca despregarem os olhos cintilantes um do outro. Existe um cheiro a doces, a gomas de criança e a rebuçados. Olham-se. Com a intensidade de quem trespassa e lê o pensamento mais secreto. Eles tocam-se. E as mãos entrelaçam-se. O coração bate aceleradamente. Olham-se. Sem medo. Com um brilho que é de lágrima que escorre pela face. Finalmente, dão o abraço que sentiram como seria no olhar. Olharam-se e sorriem. Um sorriso de criança inocente que não tem nada a esconder.
Os outros olham-nos porque outrora já foram crianças também.
sábado, outubro 28, 2006
Tudo e Nada
Cansei de esperar pelas promessas que me fazias.
Cansei de te ter longe de mim.
Cansei de viver só para ti.
Será sempre assim, uma vida repleta de nada e de tudo, porque o nada é tudo o que nos preenche…
… é tudo o que fica depois.
Será a ilusão de ter tudo, ou, a ficção de não ter nada?
Será o medo de ter uma mão cheia de sonhos e outra de experiências desabitadas?
Será?
Cansei de te ter longe de mim.
Cansei de viver só para ti.
Será sempre assim, uma vida repleta de nada e de tudo, porque o nada é tudo o que nos preenche…
… é tudo o que fica depois.
Será a ilusão de ter tudo, ou, a ficção de não ter nada?
Será o medo de ter uma mão cheia de sonhos e outra de experiências desabitadas?
Será?
sexta-feira, agosto 11, 2006
Sem Ti
O despertador toca, estico o braço, a cama vazia.
A tua almofada continua ao lado da minha. Com o teu cheiro.
Ainda não tive coragem de a pôr para lavar.
Levanto-me, reparo no espaço vazio ao lado da minha escova de dentes… é inevitável não reparar nos indícios da tua ausência.
Tomo banho sozinha.
Não tenho a tua presença quando vou para o trabalho, nem, a tua companhia quando volto. Almoço sem ti e passo a tarde na solidão da casa escura.
E chega mais uma noite em que adormeço sobre a cama, com a cabeça naquela que era a tua almofada. Por breves momentos, é como se ainda ali estivesses, o teu corpo sobre a minha cama e o teu abraço antes de adormecer.
Tudo indica que já cá não estás, mas, todos os meus gestos são como se a tua presença continuasse a ser uma constante na minha vida.
A tua almofada continua ao lado da minha. Com o teu cheiro.
Ainda não tive coragem de a pôr para lavar.
Levanto-me, reparo no espaço vazio ao lado da minha escova de dentes… é inevitável não reparar nos indícios da tua ausência.
Tomo banho sozinha.
Não tenho a tua presença quando vou para o trabalho, nem, a tua companhia quando volto. Almoço sem ti e passo a tarde na solidão da casa escura.
E chega mais uma noite em que adormeço sobre a cama, com a cabeça naquela que era a tua almofada. Por breves momentos, é como se ainda ali estivesses, o teu corpo sobre a minha cama e o teu abraço antes de adormecer.
Tudo indica que já cá não estás, mas, todos os meus gestos são como se a tua presença continuasse a ser uma constante na minha vida.
segunda-feira, julho 31, 2006
Silêncio
Tinha longas conversas contigo no silêncio. Sentia a minha mão na tua e fartava-me de falar contigo naquele silêncio. Acho que posso afirmar que és a pessoa com quem eu mais falei sem mexer os lábios. Agora questiono-me se falaríamos a mesma língua. Se alguma vez percebeste aquelas palavras que nunca te disse. Ou se tu me dizias aquelas palavras que nunca ouvi. Se sentias o mesmo que eu quando o teu corpo tocava no meu. Ou se foi tudo apenas conversas trocadas.
Agora tento falar contigo e sinto que as palavras rolam no vento e quando chegam até ti vão transformadas de uma tal forma que as nossas conversas não passam de desconversas do assunto real.
Imagino conversas contigo... não são planos de futuras conversas...
...nada das coisas que costumo pensar com clareza vêm à memória, apenas fica a angústia.
Mas... se eu não te agarrar, agarras-me tu?
Ou cada um de nós seguirá seus caminhos?
Assim como, tudo aquilo que teve importância outrora e significado para ambos, perde toda a sua essência e é como se nunca tivesse existido?
Será que pensas em mim? Ou “ao ver-te nos olhos, beijei-te e morri”?
Agora tento falar contigo e sinto que as palavras rolam no vento e quando chegam até ti vão transformadas de uma tal forma que as nossas conversas não passam de desconversas do assunto real.
Imagino conversas contigo... não são planos de futuras conversas...
...nada das coisas que costumo pensar com clareza vêm à memória, apenas fica a angústia.
Mas... se eu não te agarrar, agarras-me tu?
Ou cada um de nós seguirá seus caminhos?
Assim como, tudo aquilo que teve importância outrora e significado para ambos, perde toda a sua essência e é como se nunca tivesse existido?
Será que pensas em mim? Ou “ao ver-te nos olhos, beijei-te e morri”?
segunda-feira, junho 19, 2006
Estou mais só que sozinha....
Oiço risos de gente que está ao meu lado, ouço vozes que me chamam e deixo de as ouvir.
Desisti.
Sinto-me pura e simplesmente só, por mais que nunca esteja sozinha.
Por mais que me chamem para perto, por mais que se queiram meter na minha vida, por mais que a queiram importunar e finjam agora ser meus amigos.
As vozes ecoam na minha mente, oiço-as como se fossem ao longe e vejo agora que se riem de mim.
Não me sinto sozinha.
Sinto-me apenas só.
Porque nunca estou onde quero, com quem quero e acima de tudo
Nunca sinto a alegria que quero sentir dentro de mim.
Sinto o vazio da solidão, sinto o pó que o vento trouxe para dentro do meu coração.
Os restos da tempestade que por aqui passou, e que o homem das limpezas ainda não veio arrumar.
Sinto-me apenas...
....mais só que sozinha.
Desisti.
Sinto-me pura e simplesmente só, por mais que nunca esteja sozinha.
Por mais que me chamem para perto, por mais que se queiram meter na minha vida, por mais que a queiram importunar e finjam agora ser meus amigos.
As vozes ecoam na minha mente, oiço-as como se fossem ao longe e vejo agora que se riem de mim.
Não me sinto sozinha.
Sinto-me apenas só.
Porque nunca estou onde quero, com quem quero e acima de tudo
Nunca sinto a alegria que quero sentir dentro de mim.
Sinto o vazio da solidão, sinto o pó que o vento trouxe para dentro do meu coração.
Os restos da tempestade que por aqui passou, e que o homem das limpezas ainda não veio arrumar.
Sinto-me apenas...
....mais só que sozinha.
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