terça-feira, junho 28, 2005

Hoje escolhi estar bem disposta!

Há dias assim em que acordamos a sorrir. Nem está relacionado com o sonho que tivemos, nem com algo que tenha acontecido no dia anterior, simplesmente, acordamos assim!
É fantástico quando isso acontece.

Há pessoas que acordam sempre assim, há outras que nunca acordaram assim. Creio que está relacionada com a perspectiva que estas têm da vida. O resignarem-se com a sua própria vida e não conseguirem ter a perspectiva de que existem muito mais coisas mais além. (é como aquelas palas que s metem nas mulas para elas não olharem para os lados e elas coitadas como só vêm o caminho em frente é só para ali que querem ir.)

Já repararam como uma pessoa pode andar a lamentar constantemente a sua vida e a sua “má sorte” enquanto outra, que possa ter experiências de vida idênticas ou menos boas consegue estar sempre a sorrir?

Ora bem, sei que a vida pode dar muitas voltas, conheço muitas dessas efemeridades que carrega o mundo. Já vi as doenças, os desamores e a morte. Mas não é por isso que eu vou deixar de querer viver a minha vida ao máximo. Não é por isso que deixo de sorrir e muito menos é por isso que deixo de me dar novas oportunidades.

Por isso, hoje faço este apelo! Sorriam mais!!
Não apenas porque aconteceu algo de muito bom, mas, porque somos bons!!

Sorri e eu sorri-o, também !

domingo, junho 19, 2005

Inexorabilidade da vida

Quando o dia parece perdido, a lua cheia, e a noite maldita, tu vens e deitas-te na minha cama acreditando que a clareza da verdade reside na tua mente. Como te conformas tu com a tua própria existência, como acreditas tu que as cegonhas trazem os meninos e que a vida é uma primavera. Pobre de ti quando acordares um dia e visualizares que já não és o menino que foste, já não és a criança inocente que brincava no vão das escadas. Que cresceste, ganhaste forma, e vida e tudo o que reside á tua volta foi se tornado mais pequenino e partes em busca de novos lugares...

Os lugares a que chegaste, as tristezas que viste, os gritos que ouviste, os empurrões que sentiste, as vidas em que tocaste, o cheiro a morte e o sabor a pecado. Tudo misturado numa mesma essência chamada vida. Tudo isto na podridão de um só dia. Tudo isto num só corpo, numa só alma, tudo isto reside na tua mente desde aquele dia...

Os desesperos, as loucuras a ganância a liberdade e fantasia, os sonhos... os sonhos de uma criança que foste perdida. O deserto da vida, e a areia que por ti escorre perdida pela insensibilidade de ser mordida.





Este texto já foi escrito à tanto tempo, já não me lembro se fui eu... mas como gostei de o reler, coloquei

Fotografia cedida por Guilherme Alves

domingo, junho 12, 2005

Ainda dói...

Chamei baixinho por ti, na esperança de me vires salvar.
Há dias assim, cinzentos, em que tudo parece abalar.
Infelizmente ainda me lembro de ti.. ainda não te esqueci.
Trago comigo esta indignação acerca da nossa separação. Trago comigo a raiva dos acontecimentos e da minha falta de percepção..
Não trago comigo a razão que me escondeste, nem os sentimentos que perdeste.
Sinto dor, indignação!

Sei que é os pior que me podia ter acontecido e mesmo assim, continuas a ser o melhor que me pode acontecer...

sexta-feira, junho 10, 2005

O Silêncio do Grito

Roubaste um bocado do meu ser,
e plantado deixaste
um vazio a crescer.

Na escuridão da noite
Procuro, insaciavelmente
O ser que eu um dia fui
A capa, a armadura
que um dia me protegeu.
Escondia-a, perdia-a ?
Onde estará ela
Porque me fizeste tu acreditar
Que podia viver assim
Nua
Sem nada para me proteger
Porque tu estarias sempre ali
Porque não estás tu agora?
Onde foste? que aconteceu?
Não compreendo, não acredito
que toda esta vida foi em vão
e que todos estes sonhos se perderam
No silêncio de um grito!