O passado saiu à rua sorrindo para toda a gente, vestiu a sua melhor roupa, subiu ao palco e representou.
Freneticamente estalava os dedos e batia o pé no desejo de todos o esquecerem.
Saiu da sua redoma de vidro onde tinha vivido a vida que a vida lhe trouxera até então.
Recordou aquilo que a memória lhe trazia sobre o que a mente permitia a ele próprio recordar.
Chorou na lembrança de quem não tinha protegido.
Esqueceu-se quem foi e o que tinha prometido.
Já nada restava de quem tinha esquecido.
sexta-feira, abril 14, 2006
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2 comentários:
A memória não deixa de ser intrigante por nos deixar reviver o passado de forma tão aleatória. Mas a vida não pára e o que interessa mesmo é irmos crescendo.. dia após dia..
Gostei imenso do texto. Muito bem! :)
Adorei o texto, mesmo!
Beijinhos
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