sexta-feira, agosto 11, 2006

Sem Ti

O despertador toca, estico o braço, a cama vazia.
A tua almofada continua ao lado da minha. Com o teu cheiro.
Ainda não tive coragem de a pôr para lavar.
Levanto-me, reparo no espaço vazio ao lado da minha escova de dentes… é inevitável não reparar nos indícios da tua ausência.
Tomo banho sozinha.
Não tenho a tua presença quando vou para o trabalho, nem, a tua companhia quando volto. Almoço sem ti e passo a tarde na solidão da casa escura.

E chega mais uma noite em que adormeço sobre a cama, com a cabeça naquela que era a tua almofada. Por breves momentos, é como se ainda ali estivesses, o teu corpo sobre a minha cama e o teu abraço antes de adormecer.

Tudo indica que já cá não estás, mas, todos os meus gestos são como se a tua presença continuasse a ser uma constante na minha vida.