quinta-feira, dezembro 29, 2005

Feliz 2006

Durante o ano vamos lutando, idealizando, conquistando e por vezes perdendo.
Caímos e aprendemos.

Durante o ano vamos sorrindo, falando, chorando e por vezes aborrecendo-nos.
Caímos e aprendemos.

Durante o ano vamos amando, gostando, desagradando e por vezes lamentando.
Caímos e aprendemos.

Durante o ano vamos prometendo, planeando, sonhando e por vezes
As promessas cumprem-se, os planos correm bem e os sonhos realizam-se!


Que este ano 2006, seja um ano desses para todos vós e que nunca se esqueçam de se caírem, levantarem-se de pressa.

Que o novo ano não seja um começo, mas uma continuação das nossas promessas, planos e sonhos

sábado, dezembro 24, 2005

Feliz Natal =)

Dream

Get in touch with that sundown fellow
As he tiptoes across the sand
He’s got a million kinds of stardust
Pick you fav’rite brand, and
Dream, when you’re feeling blue
Dream, that’s the thing to do
Just watch the smoke rings rise in the air
You’ll find your share of memories there
So dream when the day is through
Dream, and they might come true
Things never are as bad as they seem
So dream, dream, dream

By Frank Sinatra

Desejo a todos os que passam por este cantinho um feliz natal cheio de sonhos docinhos ;)

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Nem sei...

Já nem sei porque o fiz, nem porque te menti. Sei que sou tão culpada como tu e nem sei porque ainda estou aqui.
Sei que são pensamentos a mais, são recordações que parecem não me pertencer.
Cheguei a deixar de sonhar, apenas quieta à espera de te ter.
Não sei porque esperei, nem sei, porque lutei, sozinha.

Sei que se apago a luz tu vens-me à mente e o meu coração sente com lágrimas.

Assim, volto a escrever como se por um acto de magia tudo isto pudesse desaparecer e eu voltar a ser aquilo que era antes de te conhecer.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Aquele sentimento

Respiro fundo
Como que a contrariar este vontade que me cresce no peito.
Não porque não goste dela,
sabes bem que gosto.
Mas, porque me faz sentir pequena.

Sinto-me como um floco de neve,

como um grão na imensidão do areal da última praia em que estivemos juntos.
Sinto-me pequena como o último momento que tivemos.

Eu sei, que por mais que respire fundo o sentimento vai cá ficar.
Mas, também sei
Que tu vais fazer de tudo para que ele passe de pressa.


[Aproveito para pedir desculpas pelos problemas técnicos (relativos à opção dos comentários), creio que já está tudo resolvido]

terça-feira, novembro 15, 2005

Mais vale tarde que nunca?

Tarde disseste que tinha saudades minhas
Tarde disseste que me querias
Tarde lutaste por me ter
Tarde mostraste que me amavas
Tarde mostraste que estavas disposto
a tudo por mim
Tarde tentaste fazer aquelas pequenas coisas
que tanto significariam no passado
Tarde mostraste o teu carinho
Tarde mostraste-me novas coisas
Tarde fizeste-me surpresas boas

No passado os acontecimentos teriam tido outro sabor com o recheio dos sentimentos e o cheiro do desejo.

Mais valia ter sido nunca

                           Para poder seguir em frente

segunda-feira, novembro 07, 2005

Fui

      em Ti


Fui
            como uma gaivota que voa em Liberdade
Fui
             como uma onda que rebenta em ti.
Fui
            como uma cobra que se enrosca
Fui
            como vento que se desloca para ti.
Fui
            como gata que se roça


Fui...
             E morri...
                               Em ti!

sábado, outubro 22, 2005

Fecharam a Porta

Ele era um rapaz normal que parecia diferente. Ela, uma rapariga diferente que parecia normal.

Abriu-lhe a porta depois de pensar que seria o mais acertado. Difícil foi compreender que a tinha de fechar.
Fechou-lhe a porta, mas, deixou a janela aberta, e ele pulou!

Fecharam cada um as suas portas e abriram as janelas.

Eles pularam as janelas.

Bateram ambos com força a porta na cara um do outro e um dia...

Deixaram a porta encostada na esperança de ser aquilo que já não era.

Entraram em casa e desarrumaram tudo!

Ficou tudo quebrado no meio do chão!

Olhavam-se tristes e já nada restava daquilo que um dia pensaram vir a ser.

Viraram as costas,

                                e trocaram as fechaduras.

quinta-feira, outubro 20, 2005

A Culpa é Tua

Se agora vou para casa com os olhos a brilhar.
Se agora me sinto sem pensar.
Se agora sorrio para ti.
Se agora me deito com o coração em paz.
Se agora me sinto assim
                                   A culpa é tua!


                                                                                   [Parabéns!!]

domingo, outubro 16, 2005

Um livro em aberto

Ela está na sala, mais precisamente, no sofá:

Mãe, leva-me para a cama ao colo. Depois, atira-me com força para o ar para eu cair em cima da cama. Mãe, conta-me uma história e faz-me festinhas na cabeça para eu adormecer.
Mãe, não me contes a história do ursinho. Eu fico triste e choro porque a mãe dele morre. Os caçadores dão-lhe um tiro, os Homens são maus.
Mãe, conta-me a história da carochinha!
Mas o João Ratão não morre, não mãe?

Pudéssemos nós mudar a história da nossa vida como a de um conto qualquer...

Mas, é importante ter consciência que, embora, não tenhamos a caneta e o papel na mão, como quem escreve uma história, temos o poder de com gestos e atitudes mudar muita coisa, quer na nossa vida, quer na vida dos outros.

Contudo, continuamos a não poder mudar muita coisa...

sexta-feira, setembro 30, 2005

Às vezes é preciso

Às vezes é preciso parar para respirar fundo.
Às vezes é preciso deixar de pensar.
Às vezes é preciso bater com a cara no chão

                                                                      E fazer um arranhão.

Às vezes é preciso deixar sonhos para trás.
Às vezes é preciso lutar nem que seja

                                                            Para sabermos que somos capaz

Às vezes é preciso vermos que estamos a mais.
Às vezes é preciso parecermos normais.
Às vezes é preciso chorar

                                             E mais tarde recordar

Às vezes é preciso fingir.
Às vezes precisamos mesmo de fugir.
Às vezes

               Temos de partir

Às vezes

                É preciso parar para
respirar fundo

E começar tudo de novo

                                             Mais uma vez!

domingo, setembro 11, 2005

No Espelho

Eles conversam na casa de banho, como o fazem muitas vezes.
De cuecas...
Conversam perto do espelho, conversam entre si para o espelho...
Sorriem.
Olham-se pelo espelho, apreciam a imagem de cada um, a sua figura e...

... como ficam bem juntos!

segunda-feira, agosto 29, 2005

Ia sendo feliz, mas, não fui

Gostava de me lembrar daquilo que não me lembro e esquecer aquilo de que me lembro.
Aquilo de que me lembro não me quero lembrar
Porque lembrar é viver
E chegou viver uma vez!

Vou ser feliz agora...

Abre os teus braços que aqui vou eu!!

terça-feira, agosto 02, 2005

Fica sempre algo

Hoje sinto que deixo algo por fazer.
Que fica algo por dizer.
Queria te dizer algo de bonito e simples que te tocasse como já te toquei tantas outras vezes.
Mas mais uma vez fico no silêncio.

Hoje sinto vontade de pegar no pincel e fazer um risco carmim a tinta de óleo na tela que é tua e é minha.

Sinto vontade de voltar a colocar o elefante na minha loja de cristais. Mas desta vez ele passará em pontas como as bailarinas e não partirá nenhum cristal. Desta vez o elefante transformar-se-á em sapo e a minha loja de cristais numa floresta tropical por desvendar. Percorreremos juntos caminhos nunca antes desbravados e pararemos cansados nas margens do rio. Molhamos as nossas caras com os nossos sorrisos de olhos cintilantes. Olhamo-nos mais uma vez, sorrimos e abraçamo-nos.

Continuaremos o nosso caminho na esperança que seja o mesmo e possamos ir de mãos dadas.

domingo, julho 31, 2005

O fogo do luar

Num fim de tarde cor de fogo, em que a realidade se torna tão forte como um sonho e os teus beijos salgados parecem pedaços de sonho cor de rosa com a força que incendeia a tarde de sol.
Os nossos risos ecoam no horizonte e os nossos olhos brilham mais do que o luar da noite que temos pela frente.

Rebolamos na areia que arde no desejo que nos afundemos nela. Tu olhas-me...

... aquele olhar que sei que só em ti o verei,
aquele olhar que não precisa de palavras,
nem há palavras que digam tudo o que sentes quando me olhas assim.

Naquele momento eu sei:
Ninguém me quer tanto como tu, e eu sinto-me tão bem!

quarta-feira, julho 13, 2005

Escrever

Escrevo porque me sinto bem
Escrevo para me sentir bem
Escrevo

Penso palavras soltas que formam frases soltas que se encaixam entre elas.

Escrevo por puro acto de egoísmo,
Porque me sai um peso de cima,
Porque deixa de doer (tanto) cá dentro.

Escrevo porque me dá prazer
Porque me dá paz
Porque me faz feliz

Escrevo

Porque sim!!

domingo, julho 10, 2005

Perdas antecipadas

Desculpa,

Não te ter dito adeus quando sabia que era a última vez que te via.
Não te ter mostrado o quanto gostava de ti e ia sentir a tua falta.
Ter-me afastado e não parecer importar-me com o teu sofrimento.

Sempre pensei que esta fosse a melhor forma de lidar com a perda antecipada. Porque havemos nós de saber antes do tempo que vamos perder alguém?

Sempre acreditei que fosse melhor assim porque tinha tempo para preparar-me para a perda, pois podia criar as minhas defesas e ir-me afastando.

Descobri que devido a estas barreiras acabei por viver por metade. Por saber da efemeridade dos momentos que passava contigo não fui feliz.
Tivemos muitas oportunidades para rir, viver, brincar, mas, acabámos por não partilhar mais nada por sabermos que não ias estar comigo durante tanto tempo como gostávamos.

Erro em ser fria e distante para as pessoas de quem gosto, por saber que não as vou ter para sempre.
Agora sei, que acabo sempre por sofrer a tristeza da perda, independentemente, de estar mais ou menos preparada para ela.

Não quero ter, juntamente, com a tristeza da perda de alguém, a tristeza de oportunidades perdidas, de momentos que podiam ter sido felizes, mas vivia preocupada com a perda antecipada.

Live the life to the fullest for the future scarce

quarta-feira, julho 06, 2005

Recordação

Ainda não saiu da minha mente a imagem da lua ao lado da palmeira.

Uma lua em quarto minguante amarela,

bem amarela,
linda!
A palmeira,
o tronco da palmeira e
a Lua amarela...
a Lua encostada ao tronco...

Vem-me agora a ideia...

Eu podia ser a lua ...


... E tu a palmeira



Esta noite eu sei,
tu não recordarás como eu.

sábado, julho 02, 2005

O Meu Luar

Vivo por metade
Quero viver só para mim.
Sem pensar no que poderia ter vivido
Se tivesses partilhado comigo.

Sei que poderíamos ter vivido mil e uma felicidades
Mas não as vivemos.

Por isso, não sei porque paro para olhar para trás naquilo que poderia ter sido, mas, não foi. Naquilo que tu podias ter feito, mas, não fizeste.

Sei que tu também sabes que poderias ter sido muito feliz aqui, mas, só tu sabes porque segues agora esse caminho mais fácil. Só tu sabes porque decidiste tornar este nosso caminho tão íngreme de forma a não mais poder ser caminhado.

Mas, só temos uma vida. O que quer que façamos acontece a nós e não podemos fingir que não aconteceu.

Quero acreditar que um dia vais olhar para trás e perceber que podíamos ter visto mais luas, não havia qualquer problema em sermos felizes.

terça-feira, junho 28, 2005

Hoje escolhi estar bem disposta!

Há dias assim em que acordamos a sorrir. Nem está relacionado com o sonho que tivemos, nem com algo que tenha acontecido no dia anterior, simplesmente, acordamos assim!
É fantástico quando isso acontece.

Há pessoas que acordam sempre assim, há outras que nunca acordaram assim. Creio que está relacionada com a perspectiva que estas têm da vida. O resignarem-se com a sua própria vida e não conseguirem ter a perspectiva de que existem muito mais coisas mais além. (é como aquelas palas que s metem nas mulas para elas não olharem para os lados e elas coitadas como só vêm o caminho em frente é só para ali que querem ir.)

Já repararam como uma pessoa pode andar a lamentar constantemente a sua vida e a sua “má sorte” enquanto outra, que possa ter experiências de vida idênticas ou menos boas consegue estar sempre a sorrir?

Ora bem, sei que a vida pode dar muitas voltas, conheço muitas dessas efemeridades que carrega o mundo. Já vi as doenças, os desamores e a morte. Mas não é por isso que eu vou deixar de querer viver a minha vida ao máximo. Não é por isso que deixo de sorrir e muito menos é por isso que deixo de me dar novas oportunidades.

Por isso, hoje faço este apelo! Sorriam mais!!
Não apenas porque aconteceu algo de muito bom, mas, porque somos bons!!

Sorri e eu sorri-o, também !

domingo, junho 19, 2005

Inexorabilidade da vida

Quando o dia parece perdido, a lua cheia, e a noite maldita, tu vens e deitas-te na minha cama acreditando que a clareza da verdade reside na tua mente. Como te conformas tu com a tua própria existência, como acreditas tu que as cegonhas trazem os meninos e que a vida é uma primavera. Pobre de ti quando acordares um dia e visualizares que já não és o menino que foste, já não és a criança inocente que brincava no vão das escadas. Que cresceste, ganhaste forma, e vida e tudo o que reside á tua volta foi se tornado mais pequenino e partes em busca de novos lugares...

Os lugares a que chegaste, as tristezas que viste, os gritos que ouviste, os empurrões que sentiste, as vidas em que tocaste, o cheiro a morte e o sabor a pecado. Tudo misturado numa mesma essência chamada vida. Tudo isto na podridão de um só dia. Tudo isto num só corpo, numa só alma, tudo isto reside na tua mente desde aquele dia...

Os desesperos, as loucuras a ganância a liberdade e fantasia, os sonhos... os sonhos de uma criança que foste perdida. O deserto da vida, e a areia que por ti escorre perdida pela insensibilidade de ser mordida.





Este texto já foi escrito à tanto tempo, já não me lembro se fui eu... mas como gostei de o reler, coloquei

Fotografia cedida por Guilherme Alves

domingo, junho 12, 2005

Ainda dói...

Chamei baixinho por ti, na esperança de me vires salvar.
Há dias assim, cinzentos, em que tudo parece abalar.
Infelizmente ainda me lembro de ti.. ainda não te esqueci.
Trago comigo esta indignação acerca da nossa separação. Trago comigo a raiva dos acontecimentos e da minha falta de percepção..
Não trago comigo a razão que me escondeste, nem os sentimentos que perdeste.
Sinto dor, indignação!

Sei que é os pior que me podia ter acontecido e mesmo assim, continuas a ser o melhor que me pode acontecer...

sexta-feira, junho 10, 2005

O Silêncio do Grito

Roubaste um bocado do meu ser,
e plantado deixaste
um vazio a crescer.

Na escuridão da noite
Procuro, insaciavelmente
O ser que eu um dia fui
A capa, a armadura
que um dia me protegeu.
Escondia-a, perdia-a ?
Onde estará ela
Porque me fizeste tu acreditar
Que podia viver assim
Nua
Sem nada para me proteger
Porque tu estarias sempre ali
Porque não estás tu agora?
Onde foste? que aconteceu?
Não compreendo, não acredito
que toda esta vida foi em vão
e que todos estes sonhos se perderam
No silêncio de um grito!

domingo, maio 15, 2005

Quem espera desespera ou quem espera sempre alcança?

Efectivamente, tratam-se de dois provérbios populares, mas, que se contradizem claramente! (ou não..)
Na verdade, por vezes gostamos muito de alguém e achamos que vale a pena esperar por essa pessoa seja qual for a razão, coerente ou não, que nos leva a pensar que vale a pena esperar.
A questão é que no meio desta espera muitos são os acontecimentos que ocorrem que podem intensificar mais a vontade da nossa espera, ou que, simplesmente, a tornam mais árdua.
Assim como, muitas são as oportunidades que perdemos de encontrar a nossa felicidade em um outro caminho, mas, que, simplesmente, não damos conta porque estamos demasiado ofuscados com os objectivos que temos numa outra meta.
Óbvio, que quem espera sempre alcança, nem que sejam todas aquelas desilusões que vamos tendo ao logo da nossa espera e todas aquelas frustrações e angústias, que mais cedo ou mais tarde nos levam a desesperar...
Por isso, talvez estes ditados populares não sejam contraditórios, seja apenas um deles uma forma menos óbvia de dizer o mesmo que o outro. “Quem espera sempre alcança” ... nem que seja um pontapé na pança.
Na verdade, enquanto esperamos lutamos por aquilo que acreditamos que nos fará mais feliz, mas se somos só nós a acreditar de que vale lutar?

Se somos só nós a lutar... temos de parar!

Porque o mais difícil não é lutar é saber quando desistir...

segunda-feira, maio 09, 2005

Não quero mais

Não quero mais discutir contigo.
Não quero mais ficar angustiada depois de te ver.
Não quero mais...


Não sei se quero saber o que escondes
Sei que vai fazer-me chorar...

...Mais uma vez


segunda-feira, maio 02, 2005

Erro de Lavoisier

“(...)nada se perde, tudo se transforma”


Ora, pensemos nos sentimentos...
Não me vou debruçar sobre os vários sentimentos que existem, pois seria demasiado enfadonho.
Concentremo-nos apenas no amor e na amizade (para não falarmos no ódio).

Se eu te amar e tu me amares não teremos algo de grande?
Se um sorriso estiver sempre em mim quando estou contigo e quando penso em ti, não serei feliz?

Se tu, ou eu, mas supondo que és tu, deixares de me amar, não teremos perdido algo de grande?
Se uma lágrima estiver sempre em mim quando estou contigo e quando penso em ti, não serei infeliz?

Ou...

Poderemos dizer que,

Se tu me deixares de amar apenas houve uma transformação no teu sentimento, em que deixou de ser amor e passou a ser ternura (suponhamos) e nada se perdeu, apenas se transformou?

Não me parece!

Se o meu sorriso se transformou em lágrimas foi porque perdi.
Se choro, se fico angustiada quando penso em ti é porque penso no quanto melhor poderia estar se...

E se há um “se” não é apenas porque fico triste em vez de sorrir depois de estar contigo, mas porque nos nossos momentos perdeu-se a magia do sentimento, a leveza do carinho e a ternura das palavras.
Não seremos irónicos e dizer que não se perdeu, apenas se transformou em algo, pois, matematicamente 1000 é maior que 1 e se eu tinha 1000 beijinhos por dia e passo a ter 1 é porque perdi 999 beijinhos e não porque eles se transformam em outra coisa qualquer!

O importante é saber que se perdemos hoje, ganhamos amanhã, porque o mundo é feito de equilíbrios.

Não tivesse eu a falar de Lavoisier!

terça-feira, abril 26, 2005

É o riso, é a lágrima, a expressão incontrolada

Não podia ter sido de outra maneira...

Eu chorava e tu sorrias segurando no meu rosto:

Porque te ris? Perguntei-te eu

Rio para tu te rires e depois quando tu ris, rio porque tu estás a rir.

Nesta altura, para mim esta explicação não fez grande sentido, porventura, estava preocupada de mais com o acontecimento que me fazia chorar. Mas sei que não gostas de acabar as coisas com choros ou “guerras” que as coisas acabem bem.

Até podemos sorrir quando estamos com a pessoa, mas sorriremos quando chegarmos a casa e deitarmos a cabeça na almofada? Qual é o problema de eu ver as tuas lágrimas? As lágrimas que caem por mim. Pelo menos saberia que eu tinha um significado em ti.

Não vou dizer que não gosto de ver-te a rir, porque gosto muito. Gosto quando sorris e os teus olhos sorriem com aquele brilhozinho único que me faz sorrir também. Mas, mesmo assim, se também estavas triste, porque sorrias?

Por outro lado, recordar estes momentos contigo a sorrir, de certa forma, não são tão dolorosos como se te visse a sorrir e creio que era isso que pretendias. Querias, também, guardar na tua memória este momento com o meu sorriso ao invés de ser com as minhas lágrimas.

Mesmo nestes momentos péssimos ias dizendo piadas que faziam os momentos menos pesados.

Houve um dia alguém que disse: “(...)os cobardes destroem com o beijo e os valentes com a espada.” Por vezes penso que és uma pessoa muito pouco corajosa, depois questiono-me acerca do que é mais fácil e já não sei. Será mais fácil para ti sorrir quando te apetece chorar do que mostrares que choras? Se a resposta for positiva, realmente és cobarde, se for negativa, afinal até tens alguma coragem dentro de ti que devas mostrar mais vezes.

Foram sempre momentos tristes com sorrisos...

Um dia...

ouviste-me soluçar... “agora, sou eu que não sou capaz de dizer uma piada”, disseste tu.

Será que neste momento percebeste a dor que trazia dentro de mim?

quarta-feira, abril 20, 2005

A relatividade...

O passado são as memórias que trazemos dentro de nós, o futuro os sonhos que projectamos na nossa vida. O presente...

O presente é um mero momento efémero que, se conseguirmos, vivemos ofegantemente consumindo-o por completo. A questão está que muitas vezes passa por nós e não o vivemos. Por incrível que pareça a maioria das pessoas consegue viver mais intensamente um grande desgosto do que uma grande alegria. Vivendo o seu desgosto sem dar espaço às alegrias que vão surgindo, dá por si está num buraco que julga ser sem saída, quando a saída lógica é seguir em frente. Mas o que ela quer, é poder seguir em frente para se encontrar com os passado e reviver as memórias.

A vida pode por vezes não ser simples, mas nós fazemos questão de a complicar bem!

Incongruências vividas que nos deixam confusos, acontecimentos inesperados que nos deixam sem saber o que fazer e pequenas lufadas de ar frescos para termos a confirmação que continuamos vivos!

Vamos ver se colocamos isto nas nossas cabeças uma vez por todas!

Enquanto continuarmos na busca incessante da resposta aos “porquês” dos acontecimentos que não compreendemos, nunca os vamos obter. Apenas quando conseguirmos perceber que essas resposta não são assim tão importantes para seguirmos em frente, conseguiremos seguir em frente. Posteriormente, por absurdo que pareça, na maioria das vezes, nessa altura que já não procuramos as respostas, elas vêm ter connosco.

E isto é tão certo como as verdades por nós aceites dependerem grandemente do nosso ponto de vista!

quinta-feira, abril 14, 2005

Irrisório


O meu jeito para o desenho não é muito! Mas não resisti a colocar isto aqui!
Compreendam aquele desenho como a estrada de baixo sendo uma estrada vulgar em que passam carros sem grande intensidade. Aqueles quadradinhos com cruzes são prédios em construção. A estrada de cima uma daquelas estradas sem saída para onde os namorados gostam de ir, para estar mais à vontade.

Ora, isto é perto da minha casa. Estava eu muito bem assim por volta das onze da noite a passar por ali a pé, quando eis se não que, vejo passar por mim um carro a uma velocidade muito reduzida e um colchão de casal no tejadilho!! Sim, leram bem , colchão de casal, aquelas coisas que temos por cima da nossa cama.
Esse carrito ia na estrada de baixo e vira para a estrada de cima.

Fui a única a pensar que...

levam colchão e tudo??
Posted by Hello

domingo, março 13, 2005

Saudades

Abri-te a porta e estavas sorridente, não percebi o que te fez vir ter comigo nesse dia, mas estavas particularmente bem disposto. Conversámos horas a fio sobre trivialidades enquanto os nosso olhares diziam aquilo que realmente queríamos. Todas as desculpas eram perfeitas para um pequeno toque, para nos voltarmos a sentir. As saudades que eu tinha de te sentir... e tu também...
Parámos, olhámo-nos e abraçámo-nos, num abraço que queríamos que pudesse durar só mais um bocadinho... e mais um bocadinho. Várias foram as tentativas em vão de nos largarmos, mas sabíamos que tinha de ser... nunca percebi muito bem porque tinha de ser, mas tinha de ser e era isso que importava.
Trocámos miminhos e carícias sempre na lembrança do quanto eram efémeras, sempre foi isso que me deixou triste quando estava contigo: a efemeridade dos nossos momentos. Nunca os soube aproveitar realmente.
Mas, ali estávamos nós, mais uma vez, sentido-nos, sentindo o teu cheiro, o teu toque, a tua pele... como pode isso saber tão bem!
No entanto, sabíamos que não podíamos, simplesmente, matar saudades porque isso traz-nos ainda mais saudades. Saudades essas que não chegam para ultrapassar as barreiras que nos separam. Barreiras que tu criaste dentro de ti, barreiras que tu trouxeste para mim, barreiras que eu construi para não sofrer tanto com as tuas barreiras. Tudo isto acaba por ser um mundo complicado de mais para se poder lutar, onde tudo são barreias e eu já não te conheço e tu já não me conheces.

Mas, mesmo assim, sabe tão bem sentir-te...

quinta-feira, março 10, 2005

Viajando de Comboio

Todos os dias faço o mesmo trajecto de comboio (excepto fins-de-semana) tento ir sempre na primeira carruagem para ao chegar ao meu destino ter de andar menos. Constato que tal como eu que acabo por fazer esta rotina (como eu odeio rotinas) as caras que se encontram à minha volta também são sempre as mesmas!
Assim, comecei por me debruçar acerca de o que iriam as pessoas a pensar enquanto iam no comboio, como seriam as suas vidas, as suas preocupações, se seriam pessoas felizes, amarguradas com a vida.. ia tentado perceber mil e uma coisas acerca da vida desta dúzia de pessoas que se encontra na mesma carruagem que eu. Creio que muitos de nós fazemos isto (temos de nos entreter de alguma forma) vamos fazendo suposições acerca da vida e do modo de ser dessa pessoa.
Ora, se a pessoa vai a ler ficamos a saber que gosta de ler e para além disso, tomamos conhecimento do tipo de livro que gosta de ler e por aí fora (até ficamos a saber quanto tempo ela demora a ler os livros, cada vez que aparece com um novo). Ora, até aqui tudo bem. Porém, no outro dia, dei por mim a contar a vida de meia dúzia de pessoa que vão todos os dias na minha carruagem!! Fiquei perplexa! Ainda não me tinha apercebido do quando eu já sei da vida de pessoa que nem conheço!
Vejamos, existe um Sr muito bem vestido, anda pela casa dos trinta e poucos anos, usa fato italiano e aparenta ser homossexual (desde já se esclareça que não tenho nada contra, e acho muito bem que as pessoas não tenham problemas em se afirmar, este não foi qualquer juízo de valor, apenas uma constatação). Este Sr com uma postura bastante educada falando baixo no comboio tem uma amiga cuja idade já se deve situar acima da casa dos 40, esta amiga gosta muito de falar alto, rir-se, bisbilhotar as coisas, para além disso, esta amiga tem uma filha que se chama Sofia. Esta Sra gosta de ouvir música, sei que gosta de Brian Adams e vai sempre com uns phones, o que acho particularmente interessante tendo em conta a sua faixa etária. Ora, conversas à parte que eles têm, as quais já sei mil e uma peripécias das suas vidas, fiquei a saber que o Sr é realmente homossexual pois fala do seu companheiro. Fiquei especialmente orgulhosa por ele não ter qualquer tipo de problemas e ter essas conversas no comboio, sendo totalmente assumido!
Para além deste dois, existem umas cinco senhoras que são mais do que empregadas de limpeza, elas fazem tudo na casa dos seus patrões inclusivamente servi-lhes o pequeno almoço, almoço e jantar à mesa! Sei também que ganham menos que o ordenado mínimo (o que achei bastante estranho). Para além disso, gostam de fazer bordados e trocam desenhos de bordados e receitas entre si, uma ou outra também gosta de ler, inclusivamente, lê livros dos patrões quando anda a limpar os móveis.
Bem... eu poderia me estender aqui e fazer muitas mais descrições acerca destas sete pessoas e ainda de mais três casais pelo menos que não mencionei e que cada um tem as suas particularidades, mas a vida desta pessoas não é para nadar aqui em praça pública, passo a expressão.
Ora, se não interessa porque é que eu a estou a narrar? Pergunta o leitor. Já se aperceberam de que por vezes conhecemos melhor os estranhos e sabemos mais coisas das suas vidas do que da maioria das pessoas que conhecemos realmente?(estou a falar em conhecidos, e não em amigos) Não acham interessante que as pessoas tenham tantas máscaras sociais quando convivem umas com as outras e que quem esteja de fora se aperceba de muitos pormenores ficando a conhece-las melhor que muitos?

Até aqui menos mal, mas agora deixem-me acrescentar um pormenor fora deste caso de viajar nos comboios. Há pessoas, segundo a minha pequena experiência de vida, não são poucas pessoas, que falam mais facilmente sobre elas próprias com desconhecidos, pessoas que acabaram de travar conhecimento e que, porventura, calculem que não ficará qualquer vinculo afectivo entre elas. Uma pessoa é capaz de falar com um estranho acerca de todas as frustrações da sua vida e do que a preocupa e a entristece. Ao invés de falar com as pessoas com que realmente se preocupam e mostrar-lhes isso! Será que nunca se aperceberam que confrontar o alvo dos vosso problemas com esses mesmos problemas é caminhar para uma resolução dos mesmos? Andar a remoe-los ou ignorá-los, não é solução. Um desconhecido merece mais conhecer-vos do que as pessoas que se preocupam com vocês?

Sou a única que penso que se as pessoas falassem mais umas com as outras, muitos mal entendido nunca teriam existido? Quantas tempestades comportamentais não teriam sido evitadas se as pessoas falassem mais umas com as outras!?

Andam muitas pessoas por aí com o seu mundo ao contrário, ou, sou eu que tenho o meu?

terça-feira, março 08, 2005

O dia da Mulher!

Cheguei à faculdade e ouvi darem-me os parabéns. Pela rua eu vi mulheres com flores na mão e alguns homens também que, certamente, iriam levar à sua amada, à sua mãe ou a uma qualquer outra mulher importante na sua vida. Mais tarde, quando cheguei a casa, à hora do jantar, ouvi um jornalista dizer que hoje é o dia da mulher. (confesso, que foi aqui que eu pensei “então foi por isso que na rua vi tantas mulheres com flores!”). Hoje, até temos programação especial na televisão!
Mas que raio! É preciso haver um dia nosso para se lembrarem de nós? Para alguém se lembrar de fazer um miminho!? Sinceramente, se alguém me quer fazer um miminho que o faça no dia diferente daquele em que todos fazem!
Ora, o que realmente me indigna é o facto de existir o dia da mulher e algumas delas ainda se vangloriarem todas por hoje ser o dia delas! Como é que alguém pode ver o dia da mulher como uma igualdade entre os Homens? Segundo o meu ponto de vista, termos um dia nosso, é ter alguém a lembrarmor que de certa forma somos vista como diferentes. Somos contempladas como o sexo mais fraco, mais sensível, mais .... mais.. mais... Isto não é descriminarem-me? Não digo que em determinadas situações não seja benéfico verem-me dessa forma, mas... mesmo assim não acho correcto! Se alguém segura a porta porque eu vou atrás, gostava que o fizesse porque simplesmente é uma pessoa simpática (independentemente de ser rapaz ou rapariga) e não por eu ser rapariga! Se alguém é mais meigo a falar comigo de forma a não ferir as minhas susceptibilidades, gostava que o fizesse porque é essa a sua forma de ser, e não por eu ser mulher! Assim como, se por acaso são várias as noites em que entro numa discoteca sem pagar, gostava que o permitissem devido aos meus lindos olhos e não por eu ser mulher! (eh eh)
Não sei se quem passa por mim e me dá os parabéns é porque é deveras simpático e super valoriza a mulher, ou apenas porque hoje é o nosso dia, ou se ainda está a ser hipócrita e acha este dia irrisório (tal como eu), no entanto, não consigo deixar de ser indiferente a essa pessoa. Como tal, as minhas desculpas!
Enfim, o que eu quero aqui dizer é que ao haver um dia para nós é estarem a chamarem –nos diferentes! Onde está aquele lema de “todos diferentes, todos iguais”? É como existir o dia do paraplégico, o dia do livro, o dia da árvore.... e por aí fora, creio que se formos a ver todos os dias do ano são um dia de qualquer coisa! Tudo é para ser lembrado, vivido e feito quando o tem de ser e não quando é o seu dia! Se ninguém nunca dá valor ao livro é no dia do livro que vai ler? Que alegria me dá isso? Cada um sabe de sim e das cosias que gostas e lhe dão prazer de fazer. Não me vou lembrar de plantar uma árvore apenas porque é o dia da árvore, soa-me a obrigação e não a um gesto que me contemple!

Por tudo o que foi mencionado e muito mais que havia a indicar sobre este assunto (talvez numa próxima oportunidade), por favor, não se lembrem de nos dar valor apenas nesse dia! Cada um tem a importância na vida de cada que merece (ou não).

A vocês do sexo oposto, eu lembro-me sempre de vos dar valor! (Aos que merecem, confesso que não são muitos! Mas isso já é problema vosso!!)



quinta-feira, março 03, 2005

As pessoas como um todo!

Como é que um momento pode decidir a vida de duas ou três pessoas? Como é que um comportamento pode julgar uma pessoa !?
Diariamente, todos somos julgados pelos nossos comportamentos, contudo, como comportamentos manifestos individualmente e não como um todo! Porque é que se eu tiver um comportamento dito fora do parâmetros desejados de quem me julga serei continuamente punida relativamente a ele. Sem nunca me deixarem esquecer que o tive . Todavia, os milhares de comportamentos que tenho diariamente julgados benéficos nunca serão lembrados, nunca me julgarão através deles. Como se tudo isto não bastasse, não servem para compensar os comportamentos que tenho fora dos parâmetros desejados pelos outros.

Ora bem, resta-me pensar, ou eu estou deslocada deste planeta e ninguém faz como eu analisando as pessoas como um todo, que para além de não ser estático ainda é bastante complexo. Ou, então, dou oportunidades às pessoas erradas!

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Começar...

Costuma-se dizer que o mais difícil é começar. Pois bem. Já está começado!
Por isso, creio que o mais difícil não é, mesmo, começar, mas sim, continuar. Efectivamente, existem mil e uma maneiras de poder continuar algo, cada uma delas dará origem a um outro algo e assim sucessivamente, até darmos por nós e estarmos dentro de uma situação que já nem nos lembramos como fizemos para chegar até ali.
Claro que existem formas boas, más, outras menos boas e outras menos más de poder começar algo, uma relação, por exemplo, mas seja como for está começado. No entanto depois pensa-se “já comecei, e agora?” Pois é, o que fazer a seguir é que se torna deveras complexo para o desenrolar da situação. Creio que o segredo está em não pensar o que fazer e irmos seguindo o nosso instinto. Há coisas que não são para ser pensadas! São simplesmente para ser vividas!
No entanto, o pior é quando a outra parte envolvida no caso resolve não saber como continuar a dita relação, nem saber se a quer continuar. Ora bem, se não queremos continuar uma coisa, porque é que a começamos?
É claro, que existe sempre a hipótese de apenas se estar meio atrapalhado porque, simplesmente, não se sabe o que fazer. Mas quando não sabemos o que fazer, nada melhor do que irmos improvisando. A vida é feita de improvisos! (Ou então pensam ajuda à outra parte envolvida!)
Por isso, aqui fica a mensagem: Não comecem nada que não queiram continuar! Assim como, não deixem de começar algo, simplesmente, porque não sabem como continuar! (Isso vamos aprendendo pelo caminho)

Espero saber continuar este blog! Se não, lá vou ter de improvisar!!