domingo, junho 19, 2005

Inexorabilidade da vida

Quando o dia parece perdido, a lua cheia, e a noite maldita, tu vens e deitas-te na minha cama acreditando que a clareza da verdade reside na tua mente. Como te conformas tu com a tua própria existência, como acreditas tu que as cegonhas trazem os meninos e que a vida é uma primavera. Pobre de ti quando acordares um dia e visualizares que já não és o menino que foste, já não és a criança inocente que brincava no vão das escadas. Que cresceste, ganhaste forma, e vida e tudo o que reside á tua volta foi se tornado mais pequenino e partes em busca de novos lugares...

Os lugares a que chegaste, as tristezas que viste, os gritos que ouviste, os empurrões que sentiste, as vidas em que tocaste, o cheiro a morte e o sabor a pecado. Tudo misturado numa mesma essência chamada vida. Tudo isto na podridão de um só dia. Tudo isto num só corpo, numa só alma, tudo isto reside na tua mente desde aquele dia...

Os desesperos, as loucuras a ganância a liberdade e fantasia, os sonhos... os sonhos de uma criança que foste perdida. O deserto da vida, e a areia que por ti escorre perdida pela insensibilidade de ser mordida.





Este texto já foi escrito à tanto tempo, já não me lembro se fui eu... mas como gostei de o reler, coloquei

Fotografia cedida por Guilherme Alves

2 comentários:

Anónimo disse...

muito lindo o texto!!:D gostava d escrever cm tu escreves...gostava d exprimirme cm tu expressas o k vai dentro d ti...continua a escrever...faz me sentir melhor kuando estou a ler os teus textos:@

Maria da Lua disse...

Puto, é bom saber que o que eu escrevo tem repercussões positivas em quem lê :)

Cachorrinho, é sermos como o Peter Pan ;)